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segunda-feira, outubro 09, 2006

BOIADEIROS

Hão de concordar comigo, os Umbandistas, Candomblezistas e freqüentadores destas casas, que é lindo vermos em uma sessão, ou mesmo numa festa o momento em que estas entidades chegam, tangendo seus laços, dando seus brados, como se estivessem nas campinas com sua boiada.

Quem de nós nunca se maravilhou com estes seres encantados que tanto nos ajudam em nossos momentos difíceis? Em sua maioria são oriundos dos sertões de Minas Gerais, local onde viveram tempos atrás, mas também existem aqueles que se originam de outros estados brasileiros, e carregam consigo o sotaque e as maneiras de ser e de agir praticado em sua terra natal.

Para os que são leigos na religião, muitas vezes são postos em dúvidas por várias razões. Mas quando requisitados para uma demanda qualquer, aí sim; mostram seus valores incomensuráveis. São espíritos que muitas vezes trazem consigo a dureza e a rispidez próprias de seu trabalho quando encarnados. Quem já teve oportunidade de conviver com carreiros e vaqueiros, ou mesmo ouvir algum relato de alguém de uma idade maior, sabe o quanto era difícil esta tarefa.

Demandar com gado, nada tem de fácil, e eles muitas vezes foram obrigados a tomarem atitudes contrárias a seu pensar, dentro de sua profissão. E hoje a maioria carrega ainda em espírito, estas dificuldades pelas quais passaram neste planeta.

Sempre que estivermos em dificuldade tamanha, saibamos que podemos contar com a ajuda destas entidades. E eles a exemplo das demais entidades, não se preocupam com nosso vestuário ou mesmo com nossas posses. Ao contrário: ajudam sem questionamentos.

O único problema que podemos encontrar, é com relação à mentira, pois estes bravos vaqueiros, não a suportam em hipótese alguma, e se nos flagram nesta atitude, imediatamente nos chamam à razão e nos pedem para abandonarmos a prática.

Seus nomes são variados: Zé Mineiro, Zé das campinas, Boiadeiro Menino, Iluarada, Tião Carreiro, Zé carreiro, Mineiro, dentre outros tantos. Seus nomes indicam sua natalidade, mas independente de sua origem, buscam sempre a verdade.

Alguns de seus pontos:

Seu Boiadeiro por aqui choveu,

Choveu choveu,
Que abarrotou,

Foi tanta água que seu boi nadou.

Zé mineiro estava sentado,
Auê, auá,
Na porteira de um curral,

Auê, auá,
Se levanta Zé mineiro,
Auê, auá,
É hora de trabalhar;
Machadinha de Aruanda,
É que corta pau,
Machadinha de Aruanda,
É que corta pau.

Corta capim aê, campineiro,
Corta quando eu mandar campineiro.

Maré encheu,
Maré vazou,
De longe, muito longe,
Eu avistei Iluarada,
A sua cabaninha coberta de sapê,
Seu arco sua flecha, sua cabaça de mel.


Tatetú N'Inkisi Lambaranguange, Odé Mutaloiá.

Contatos:

odemutaloia@hotmail.com

odemutaloia@uol.com.br

Te: 0(xx) 27 3282-1860





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