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quinta-feira, junho 05, 2008

FANATISMO NUNCA FOI FÉ


Na história das religiões, vemos que muitas guerras foram provocadas, tendo estas como fontes inspiradoras. A intolerância sempre causou danos irreparáveis em todos os seres humanos. O conquistador sempre impunha sua religião ao conquistado, e a conquista após guerra terrível, se dava justamente em sua maioria, por conta do processo religioso de cada povo.

Entendemos que religião, é tão somente uma forma de cada povo, ver Deus. Para uns, a vida se apaga com a morte, para outros como no nosso caso, a morte nada mais é que uma transformação.

Se formos observar toda a trajetória da humanidade, veremos atos aterrorizantes que tiveram como motivo o credo de um povo. Por exemplo, a busca e a apropriação do Santo Sepulcro, causaram um derramamento de sangue, uma carnificina que temos medo até de pensar em tal ato. A Intolerância romana, com os cristãos se dava pelo mesmo motivo.

Nós espíritas, não concebemos tais atitudes, não matamos como fonte de exterminar o preconceito que sofremos, não caluniamos nenhum seguimento contrário ao nosso, mas, vemos constantemente nosso nome ser enlameado, tão somente por conta do fanatismo.

Temos que entender que fanatismo e fé se distinguem. Enquanto o primeiro provoca a morte, a destruição, a segunda prega e promove o amor incondicional, o perdão, a paz e tantas outras coisas benéficas ao ser humano.

Existem ainda aqueles que por conta do fanatismo, levam o terror ao seu lar, maltrata sua esposa, filhos e depois se esconde atrás do livro santo, em busca de teses que justifiquem seus atos covardes.

Apenas nos perguntamos o porquê de tanta hipocrisia. Deus, nunca foi nem será um assassino, um vingador. Ele criou leis sérias e sábias, que promovem o bem estar geral da raça humana. Ao olharmos nosso passado recente, podemos ver que pessoas foram escravizadas e domesticadas como animais, apenas por uma coisa: a tonalidade de sua pele. Muitos desses foram esquartejados, pois a “santa inquisição” (?) os chamava de adoradores do demônio, outros apenas por possuírem uma mancha de nascença na pele, eram condenados a morte ainda recém nascidos.

Quanta crueldade, quanta ignorância! Mas, nos dias de hoje essa crueldade e ignorância ainda prevalecem no seio da “sociedade”. Pessoas são atacadas de todas as formas, apenas por acreditarem no mesmo Deus, só que de forma diferente. Acreditam num Deus amoroso, piedoso, mas também na vida após a morte, no culto aos espíritos de nossos antepassados.

E seus sacerdotes, os vulgos “pastores” são os que mais incentivam essas práticas horrendas e que desclassificam quem as pratica do restante da humanidade. Deixam de serem dignos de serem chamados de gente civilizada e adentram por um caminho de monstruosidade apenas.
Precisamos nos cuidar com esse FLAGELO humano, chamado FANATISMO, pois ele como o ácido, corrói a toda fé verdadeira que deve habitar em qualquer seguimento religioso e/ou filosófico.

Lembremos a estes religiosos de outros seguimentos, uma das máximas do fundador do cristianismo: “AME A TEU PRÓXIMO COMO A SI MESMO”.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.

Babalorixá, escritor, pesquisador.

odemutaloia@hotmail.com

INVASÃO DE TEMPLO UMBANDISTA

Há muito que viemos prevendo que em pouco tempo, os fiéis de igrejas evangélicas, e até mesmo de outros seguimentos religiosos, invadiriam nossos templos e os depredariam totalmente. Pois bem, aconteceu. Sim, e o fato foi segunda feira, dia 02 de Junho do corrente ano, no Catete, Rio de Janeiro. Reportagem está no G1.

Isso nos repudia, mas também, mostra a necessidade de nos unimos em prol de uma causa única: nossa fé. Em tempos remotos, muitos foram queimados em fogueiras, por não seguirem a religião oficial dos Reis e dos Senhores Feudais e donos de escravos, e isso dado somente ao fanatismo.

Quem de nós, umbandistas ou candomblezistas, nunca foi agredido de uma forma direta até mesmo na rua? Basta olharmos os discursos dos ditos “pastores”, e assim me pronuncio, pois a palavra pastor sugere alguém que guia seu rebanho para o bem e não para ato bárbaros, que veremos tal situação. Xingam-nos, nos caluniam, nos difamam, e simplesmente cruzamos os braços e nos calamos diante de tanto preconceito.

Ontem invadiram um templo, amanhã invadem outro, e no futuro próximo? Será que não voltarão a nos queimar em praças públicas?

Não condeno as igrejas em soberania por tal ato, mas busco tão somente o direito a uma vida sem esse fanatismo e acesso de loucura, pois ferem nossos direitos constitucionais. Será que esses membros dessas igrejas, nunca ouviram falar em Deus? Ou será que seguem o mesmo ensinamento obsoleto de que Deus é vingança e quem não seguir os ensinamentos de uma determinada religião, tem que ser atacado e morto? Deus é amor e não violência queridos!

Essa atitude mostra o verdadeiro estado de selvageria em que vivemos, e o que realmente se tem visto em muitas igrejas: o fanatismo ser professado como amor e adoração a Deus.

Agora fica a pergunta: e os danos irreparáveis na moral, que sofreram essas pessoas? Esse, por mais que a justiça puna os culpados, ficará para sempre com esses irmãos. Temos que agir imediatamente e cobrarmos da justiça ações rápidas a fim de impedir que tais atos aconteçam novamente, enquanto coisas piores ainda não aconteceram.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi, Odé Mutaloiá.

Babalorixá, escritor e pesquisador.

odemutaloia@hotmail.com

odemutaloia@pop.com.br