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sexta-feira, fevereiro 27, 2009

OBÁ

Grandiosa Orixá, guerreira e caçadora, foi uma das esposas de Xangô, é semelhante à Oyá em alguns aspectos. É a ninfa do Rio Obá na Nigéria.

Como uma das esposas de Xangô, Obá sofria com sua predileção por Oxum, vaidosa, linda de corpo, e sempre estava em sua companhia por onde quer que esse fosse. Obá sentia-se muito triste, pois achava que devido a sua forma, era um tanto obesa, Xangô preferia mais Oxum, e assim sendo Obá sofria dia após dia, pois amava incomensuravelmente seu marido, mas esse sempre a desprezava. Não enxergava ele, que grande guerreira e dedicada esposa tinha n’ela.

Certo dia, Obá ao ver que Oxum se encontrava sozinha, perguntou a ela o que a mesma fazia para que o esposo sempre a procurasse, sempre desejasse estar a seu lado, enquanto que ela, Obá, sofria pelo desprezo que lhe dispensava seu amado esposo. Também disse que sentia vontade de dar um filho a Xangô, mas esse não a procurava para nada, e quando ela dele se aproximava, era repudiada de todas as formas possíveis. Então, perguntou a Oxum o que ela fazia, pois também faria ela Obá, não importando o que fosse para que pudesse ser ao menos um pouco amada pelo marido.

Oxum, muito faceira, se mostrou consternada com o sofrimento de Obá e passou a lhe ensinar o que fazia para manter Xangô sempre apaixonado, mas, não sabia Obá, a armadilha que Oxum lhe preparava. Assim sendo, aproveitando-se de que estava com um pano marrado na cabeça e que esse cobria sua orelhas, Oxum disse a Obá:

“Não está vendo esse pano amarrado em minha cabeça e rodeando todo meu rosto? Então; cada vez que minha orelha cresce, eu a corto e faço uma sopa para Xangô e assim sendo, ele se mantém apaixonado por mim”!

Obá, que já não cabia mais em si de amor pelo marido e sofrendo terrivelmente com o desprezo do mesmo, não pensou duas vezes, disse a Oxum que ela queria preparar a comida de seu esposo naquele dia e Oxum prontamente cedeu, pois fazia parte de seu plano, e Obá então não titubeou e decepando sua orelha esquerda, preparou um ensopado para seu esposo.

Mas, ao ver a comida que lhe trazia sua mulher, ele tomou nojo dela, pois a orelha significava para algumas tribos, a representação do órgão genital feminino, e assim sendo Xangô, culminou por expulsar Obá de seu reino, amaldiçoando-a e a proibindo de pisar naquelas terras para sempre.

E assim saiu Obá, desiludida e chorando copiosamente, pois que havia sido vítima de uma armadilha de sua rival Oxum e culminara por receber total repúdio do esposo que tanto amava. Não sabia ela que na verdade, Oxum fez aquilo, pois mesmo sendo mais bonita que Obá, sentia inveja da mesma e temia que Xangô culminasse por preferir Obá, mas, também Oxum não imaginava que Xangô não queria Obá, por ser ela, mais baixa e gorda, e ele, preferia a vaidade a qualquer outra coisa.

Assim sendo, ia Obá caminhando em prantos, quando se deparou com Oyá e essa perguntou-lhe por que das lágrimas, e Obá a colocou a par da situação e da vergonha que passara. Oyá se revoltou com tamanha injustiça e imediatamente arquitetou um plano para que Obá pudesse se sentir vingada:

Como sabia o caminho que Oxum percorria todos os dias para ir até o rio se banhar, ela, Yansã, pegou uma abóbora e a cozinhou de forma que ficasse pronta pouco antes de Oxum passar, feito isso, a abóbora bem cozida e ainda fervendo, Oyá cavou um buraco e ali colocou a abóbora e apenas camuflou com um pouco de folhas para que Oxum não se percebesse. E assim quando Oxum pisou, enfiou o pé naquele buraco e queimou-o profundamente.

Assim, sentindo-se vingada, Obá recomeçou sua caminhada, agradecida a Yansã pela ajuda, e seguiu em frente, e foi adentrando pela mata, até que em determinado momento, não sabia mais como sair daquele lugar. E assim passaram-se dias e ela sem poder sair daquela mata e a fome a castigava terrivelmente.

Certo dia, Odé, o Grande Caçador, aquele que caçava para alimentar todas as tribos da África, a encontrou, e reconhecendo-a e vendo que ela chorava, perguntou o que lhe acontecia.

Ela prontamente lhe contou o que lhe fizera Oxum, do repúdio que sofrera de seu marido Xangô, e de como Oyá a ajudara a se vingar. Porém, Odé notou seu semblante carregado e com traços estranhos e entendeu o que se passava, e perguntou Obá se ela tinha se alimentado, ela disse que não e que a fome a castigava também, assim Odé a alimentou, e antes de partir, disse a ela que deixaria ali, um arco e flechas para que ela pudesse caçar e não mais sentir fome.

Obá agradeceu a Oxossi, mas disse a ele que infelizmente não sabia caçar e assim sendo, não podia aceitar seu presente, pois que nada poderia fazer. Odé compadecido com toda aquela situação, imediatamente se ofereceu para ensiná-la a caçar e assim o fez. Ensinou Obá a caçar e ela nunca mais passou fome.

Hoje em dia, nas casas de candomblé, ela quando dança, imita os gestos de uma guerra, pois que é guerreira, usa adaga e escudo, e tampa o local da orelha decepada, como a sentir vergonha do ato de amor por seu marido, em determinado momento, ela assume sua forma de caçadora e dança imitando os movimentos da caça, aprendidos com Odé, e ao brandir seu Ofá, (arco e flechas), traz a fartura para aquela casa e para todos que a prestigiam.

Seu dia de culto é a Quarta-Feira.

Seus animais de sacrifício são: cabra, galinhas, galinha da angola, pata, e pombos.

Sua comidas são: Acarajé, amalá, feijão fradinho, ebô, acaçá, arroz.

Saudação: Obá Xirê.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com




terça-feira, fevereiro 24, 2009

O BOM MÉDIUM SE DOUTRINA

Nossa mediunidade é antes de tudo, um dom que Deus nos concedeu para que possamos levar segurança, paz e traquilidade às pessoas que necessitem. Frequentemente somos solicitados a intervir em assuntos os mais variados, e sempre nos deparamos com pessoas conturbadas, aflitas, perdias em meio a um mar de percas, desespero, dor e sofrimento.

Nesses momentos é que mais precisamos de nosso equilíbrio, de nossa doutrina pela qual passamos durante nosso aprendizado espiritual, e nossa preparação para o sacerdócio. Temos que saber distinguir as coisas para que possamos encaminhar as pessoas para o que mais necessitam em seus momentos de dor e sofrimento, independente de quais sejam esses.

Mas, se nos falta o equilíbrio, como vamos levá-lo a quem sofre? Sempre nos deparamos, por exemplo, com pessoas que sofrem perseguições de inimigos, visíveis ou invisíveis, e nesse momento a calma, o bom raciocínio é fundamental para um médium.

Não podemos induzir as pessoas à vingança ou qualquer outra coisa que não seja o perdão e o amor incomensuráveis. Pois se agirmos assim, estaremos contradizendo todos os ensinamentos que nossos zeladores, Guias e Orixás nos trazem diariamente. Claro que em algumas situações, temos que tomar medidas para defendermos nossos consulentes, filhos e filhas de santo e até mesmo nossa família, mas, isso não nos dá em hipótese alguma o direito de fazermos justiça com nossas mãos.

Quando encontramos situações em que alguma pessoa nossa se encontra perseguido por forças inferiores, temos que induzirmos a esse ser, a orar e a perdoar seu perseguidor, pois mal muito maior ele, o perseguidor, comete contra si mesmo. Façamos obrigações para neutralizar as forças dos inimigos e não para aumentarmos uma guerra já existente.

Quem lida com a Umbanda e o Candomblé, sabe perfeitamente que as demandas, são batalhas ferrenhas e horríveis, travadas no plano espiritual, o que causa danos aos dois lados, afinal estamos lidando com forças muito além de nossa capacidade mortal e limitada.

Temos de nos lembrar que como médiuns, somos ferramentas das quais se utilizam nossos mentores e orixás, para que possam fazer a caridade a quem precise, e se essa ferramenta não estiver em condições de uso, eles não podem ajudar aos nossos semelhantes.

E como mantermos essa ferramenta em plena condição de uso? Simples: policiando-nos com relação aos nossos sentimentos, colocando o amor e o perdão como bases inatingíveis por espíritos inferiores, nos doutrinando para que ao se aproximarem de nós, os espíritos sem luz, encontrem uma barreira às suas forças negativas e, sobretudo, que encontrem um coração repleto de amor e perdão e assim sendo, eles se afastarão de nós, e essas energias positivas que carregamos em nosso peito, nossa mente e nossa alma, os conduzirá a locais onde espíritos de luz poderão encaminhá-los para que possam se refazer através do arrependimento, e conseguirem alcançar boas energias, e consequentemente, em um breve futuro, passarão a trabalhar em prol da humanidade e não contra ela.

Doutrinemos-nos, aprendamos a afastar de nós as energias negativas, e teremos muito mais êxito em nossa jornada. Lembremos da máxima de São Francisco de Assis: “É PERDOANDO QUE SE É PERDOADO”.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com


segunda-feira, fevereiro 09, 2009

A DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA É CRIME, MAS E A DISCRIMINAÇÃO INTERNA, NÃO SERIA CRIME CONTRA NOSSA PRÓPRIA FÉ?

Muito temos ouvido falar na discriminação religiosa, na visão jurídica, sendo o autor do ato, passivo de sanções previstas em lei. Claro que é válida tal atitude, e temos sim, que combater judicialmente tais arbitrariedades que vão contra a Carta Máxima de nossa Nação, a Constituição Federal.

Porém existe um “crime” praticado dentro das casas de santo, e que a maioria de nós se cala perante a mesma. A discriminação interna! Sim, ela existe!

Sempre que algum irmão está tocando para Orixá, a fim de festejar algum de nossos Deuses, do panteão maravilhoso, que nos foi dado por nossos antepassados, ou mesmo quando está tirando um yawô, são comuns as rodas de bate papo entre alguns zeladores e até mesmo filhos de santo. E ali, para nossa tristeza ocorre a discriminação. Falam mal da casa e de outras casas e sacerdotes, criticam uns aos outros, falando desse ou daquele ritual d’alguma casa, e de algum zelador ou zeladora.

Se uma pessoa não alcança seus objetivos em determinado assunto, junto com algum zelador, não faltam irmãos para caluniarem, dizerem que fulano não sabe o que faz etc. e tal.

Temos que coibir tais atitudes. Temos que nos unir, independente de nação ou da procedência de nossos irmãos. Se agirmos com sabedoria, poderemos dar combate ferrenho à discriminação que sofremos por parte de pessoas evangélicas, que usam de nossos pontos fracos para nos agredirem sem dó nem piedade.

Temos que levar em conta que cada um pratica o Candomblé que aprendeu com o sacerdote ou sacerdotisa que o iniciou, e essa pessoa por sua vez, aprendeu com quem o iniciou.

Nossa religião é hierarquia e ancestralidade, assim teremos sempre pontos de divergência entre as centenas de milhares de casas de santo espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Dificilmente veremos os rituais, ao menos alguns deles, serem feitos da mesma forma, sempre sofrerá variações por mínima que seja, pois cada um aprendeu de uma forma.

Não nos compete dizermos que casa tal, ou sacerdote tal, esteja certo ou errado, até mesmo pela miscigenação da qual se formou o Candomblé. Temos que nos lembrarmos que os africanos para aqui vieram, oriundos de diferentes partes de sua terra natal, e lá, os rituais litúrgicos, se diferenciam, dado à localização de tal aldeia ou reino.

Então, me pergunto: qual de nós pratica o culto aos Orixás, da mesma forma que eles? Posso afirmar que nenhum de nós, pois para início, as tradições eram passadas apenas de forma oral, e assim, como em outras religiões e culturas muito se perderam. Afirmarmos o contrário seria querer nos intitular os “guardiões da sabedoria” e isso estaria muito longe da realidade e, pertíssimo da soberba e arrogância, fatos, aliás, que contrariam a lei de nossos Orixás.

Devemos nos unir, buscarmos formas de nos ajudarmos mutuamente, claro que não sairemos distribuindo nossos segredos sem saber para quem estamos dando tais riquezas, mas, se conhecemos a pessoa, se sabemos que ele realmente é um zelador, por que não nos ajudarmos mutuamente? Não seria esse o caminho para o respeito que tanto desejamos para nossa fé?

Queridos irmãos, busquemos apoio um no outro, façamos das dificuldades de um, a dificuldade de toda uma religião, afinal, independente de nação, de casa, somos todo membros de uma só tribo.

Se somos de uma nação e vamos mexer em algum fundamento de outra, por que não buscarmos ajuda de outro zelador que seja daquela nação e assim sendo, conhece seus segredos? Mas, se algum irmão vai dar uma ajuda pertinente a sua nação, é importante que essa ajuda seja dada de forma correta e coesa, além de também ser de forma secreta para que não coloquemos nossos irmãos em situações delicadas. E não devemos também, buscarmos glórias por aquilo, pois que essa pertence a nossos Orixás que sem os quais nada saberíamos.

A discriminação interna, é no mínimo uma aberração perante nossos Orixás, estamos cometendo erro terrível perante eles, podem ter certeza, pois que quando seus sacerdotes vieram para nossa terra, como escravos, não se preocuparam em dizer que essa ou aquela gente estava errada em sua forma de cultuar os antepassados. Ao contrário: se uniram em prol de uma mesma necessidade! Aí é que entra a verdadeira política, que visa o bem de uma comunidade e não apenas interesses particulares e pessoais.

De nada adianta combatermos a discriminação por parte de outros seguimentos religiosos, se continuarmos a nos discriminarmos.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@gmail.com

odemutaloia@hotmail.com

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

FÉ AMOR E DEDICAÇÃO, RECEITA INFALIVEL

Vivemos em um mundo onde a violência e o desprezo pelo ser humano esbarram na beira do inimaginável. Tornou-se corriqueiro ligarmos nossa T.V e assistirmos notícias de carnificinas que somente tínhamos contatos pelos livros da história da humanidade. A sensação que temos é que o ser humano está regredindo aos tempos em que a espada era a única lei verdadeira e que as pessoas respeitavam.

Isso entristece a qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade, uma vez que fomos criados para zelarmos pela vida, seja ela, nossa, de nossos entes queridos ou mesmo de nossos vizinhos, amigos e até mesmo, desconhecidos ou de nossos inimigos.

Com certeza esses atos de selvageria, nos afastam de uma rotina que tanto sonhamos: nossos filhos brincando em paz na praça de nosso bairro, nossos passeios com a pessoa amada, apenas para apreciarmos a luz do luar, nossas noites de conversas na calçada de nossas casas até altas horas com nossos vizinhos mais próximos.

Uma pena que assim estejam às coisas nesse mundo. O mesmo mundo que Olorúm (Deus), criou, para que pudéssemos contribuir com a elevação espiritual nossa e do restante de suas criaturas.

Nada frustra mais, que assistirmos em um programa de televisão, que um jovem, uma criança, uma pessoa qualquer, foi vitima das chamadas “balas perdidas”, que um pai de família teve sua vida ceifada por causa de um simples par de tênis, ou apenas uns trocados, que uma mãe foi assassinada por algum erro que ela nem mesmo sabia que existia...! Esse meus irmãos amados, este é o mundo em que vivemos!

Vemos vários profissionais, como juristas, policiais, jornalistas e outros, tentarem mostrar alguma solução para tanta dor e lágrima. Alguns mais exaltados defendem a pena de morte, (aqui não condeno nem tão pouco compactuo com qualquer conjectura ou modo de pensar, reservo-me o direito de me manter neutro nesse aspecto).

Se a pena de morte resolveria ou não a questão, não vamos aqui discutir, pois ainda prefiro a máxima de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Atire a primeira pedra, aquele dentre vós que nunca pecou”. A única coisa que enxergo através de meu humilde pensamento, é que precisamos mais de Deus em nossas vidas. Não digo somente em nossa religião, mas em todas elas. Creio que uma pessoa que realmente ama a Deus e teme sua ira, jamais tentará contra a vida de outra.

Aqueles que teem de quarenta anos para mais, se lembram de que fomos criados dentro de preceitos religiosos, e assim sendo aprendemos a amar a Deus acima de qualquer coisa nesse mundo. Mas, muito me entristece hoje em dia, ao ver que falta aquele: FICA COM DEUS! VÁ COM DEUS! DEUS O AJUDE, dentre tantas outras.
E com isso, enredados nesse mar de sangue que se tornou a vida, vamos digladiando, dia após dia contra um inimigo comum: as forças das trevas, que se alimentam do sangue derramado, que induz um pai de família e beber exageradamente, e assim, embriagado, bater em sua esposa e seus filhos, forças malignas que usam de todos os artifícios possíveis e impossíveis, coisas que nossa mente jamais será capaz de imaginar, para corromper nossos jovens, levando-os para o mundo das drogas e do crime. E as mesmas forças que se alimentam das energias negativas daqueles cujo oficio é ceifar vidas.

Em meio a tanta dor, temos uns aliados maravilhosos, que podemos usar para dissipar as trevas não somente de nossas vidas, mas do planeta: A FÉ, O AMOR E A DEDICAÇÃO!

Sim com esses elementos, podemos dissipar as trevas, contribuir para que nosso mundo tenha mais paz um dia, basta que cada um de nós, tire cinco minutos por dia para orarmos a Deus e a nossos Orixás e Guias Protetores, e veremos que as coisas são capaz de mudarem sim.

Conclamo assim, a todos os Candomblecistas e Umbandistas, a fazermos preces diárias em prol da humanidade e do amor e perdão. Ao iniciarmos nossos trabalhos nos templos de Umbanda, façamos uma oração especial em prol da paz no planeta, peçamos aos nossos Guias de Luz para que intercedam nas prisões, nos lares, nas calçadas, enfim, em todos os lugares do planeta e que ali estando, transmitam aos corações raivosos, a paz, aos corações tomados pelo sentimento de vingança, que sejam transmitidas vibrações de perdão e amor, e aquelas mentes que maquinam contra a vida dos outros, que elas recebam um Flesch por menor que seja do Imenso Amor e Poder de Deus, e assim optem por abandonarem aquela ação prestes a acontecer.

Solicitemos aos nossos irmãos de luz, que retirem do meio dessas pessoas, aqueles irmãos sem luz, obsessores e os encaminhem para algum lugar onde possam receber tratamento especifico para seu caso.

Peçamos que os vampiros espirituais, que se dedicam a sugar a energia dos encarnados e dos desencarnados, possam ser desviados dos caminhos de suas vítimas e assim sendo que as mesmas tenham condições de seguir em paz na sua jornada terrena, ou de encontrarem a paz em nossa pátria espiritual.

Imploremos para que os governantes encontrem em Deus e nos irmãos superiores, forças para dirimirem suas questões sem guerra e sem derramamento de sangue.

Façamos esses e outros mais pedidos em nossas sessões de Umbanda, mas também em nossas casas, tiremos cinco minutos de nossas vidas para esse fim.

Ao arriarmos uma comida para Oxalá, Yemanjá, Oxum, Ibeji e outros Orixás, supliquemos para essas finalidades, e assim com a força de uma corrente única, veremos essa triste realidade mudar.

Lembremo-nos sempre de que Deus, nossos Orixás e Guias de luz, estão à espera de nossos pedidos para que possam interagir em favor nosso e de toda a humanidade.

Oremos para aquele nosso irmão que nos odeia para aquele que nos julga seu inimigo, imploremos aos Ministros de Deus, nossos Orixás, e a paz será uma constante em nossa vida e em toda a terra.

Lembremo-nos de que SOMENTE DEUS POSSUI A VERDADEIRA LEI E A JUSTIÇA PERTENÇE SOMENTE A ELE.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi Lambanranguange: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com

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quarta-feira, fevereiro 04, 2009

FANATISMO É PREJUDICIAL À NOSSO ENGRADENCIMENTO ESPIRITUAL E MATERIAL.

É comum vermos as pessoas e espelharmos suas atitudes no arquétipo de seu Orixá. Temos várias experiências que mostram que nossos Orixás influenciam sim, na vida de seus eleitos e também em suas atitudes.

Muitas vezes, porém temos a mania de tudo encararmos como arquétipo de santo e com isso nos esquecemos de que as pessoas teem sua natureza própria e que cada um age conforme as ações de seu dia a dia. Segundo a lei da física, toda ação tem uma reação e assim sendo não podemos condicionar todas as atitudes das pessoas com seu santo.

Temos que nos ater para que não caiamos na garra do fanatismo e assim, colocarmos as pessoas no mesmo nível dos Orixás, nem mesmo que esqueçamos que antes de tudo são seres humanos e assim sendo, compostos de erros e acertos.

Se uma pessoa é aguerrida e até mesmo positiva demais. Logo pensamos: é filho deste ou daquele Orixá. Se por outro a pessoa tende a gostar de uma conversinha, dizemos: com certeza é filho de sano tal. Porém nos esquecemos de analisarmos sua natureza própria. Claro que algumas atitudes são sim, frutos da natureza de seu santo, existe alguns detalhes em determinados filhos de determinados santos, que jamais encontraríamos em filhos de outros Orixás. Mas nem tudo corresponde ao arquétipo dos santos.

Temos que aprender a olhar as pessoas com olhos de sacerdote sim, mas não podemos nos esquecer jamais que o ser humano é uma complexidade inigualável e assim sendo, sua natureza pode mudar em determinadas situações.

Nem todos que são obesos, por exemplo, são filhos de Xangô como afirmam muitos, e nem todas as mulheres de Oyá traem seus maridos, de conformidade com a crença errônea de algumas pessoas. E por outro lado, nem todos os filhos de Exú são usuários de drogas.

O que acontece, é que o ser humano ao nascer é uma folha de papel em branco, e tanto nós quanto a vida, vamos escrevendo no decorrer de seu desenvolvimento, o seu futuro. Se uma pessoa cresce sem amor, sem cuidados maiores, como querermos que tenha essa ou aquela personalidade, independente do santo que o escolheu?

Obviamente que se a pessoa cresce em um lar sem harmonia, por mais que seja filho, por exemplo, de Yemanjá, poderá sim, ter atitudes totalmente ímpares de sua mãe.

O fanatismo nunca foi nem nunca será boa companhia para quem quer que seja independente de sermos sacerdotes de Umbanda, Candomblé, Cartomante, ou qualquer outro. Ao contrario, o fanatismo nos bitola, nos deixa sem a mínima capacidade de discernir entre o certo e o errado.

Acautelemos-nos, pois com essa terrível arma que pode perfeitamente ser apontada contra nós mesmos.

Outro fator, é que se uma pessoa se dedica, por exemplo, a escrever um livro, logo alguém diz: “claro! É filho de tal santo”! Eis aí outro equivoco inenarrável! Claro que a espiritualidade nos orienta e nos auxilia em varias tarefas, mas temos também que nos lembrarmos de sua capacidade como ser pensante e parte do imenso cosmo e da natureza no geral.

Não podemos simplesmente oferecer crédito total à espiritualidade, afinal: onde ficaram as capacidades do ser humano? Não é possível a quem quer que seja, sobreviver vinte e quatro horas por dia apenas em comunicação com a espiritualidade! Existem nossos momentos e neles somos capazes de realizarmos qualquer coisa que desejarmos de verdade.

Atemo-nos então a creditarmos aos espíritos seus méritos sim, mas não nos esqueçamos de que somos seres racionais e assim sendo capazes sim de realizarmos nossas obras.

Não quero com essas palavras, desmerecer a espiritualidade e sua incomensurável ajuda aos seres humanos. Desejo apenas que nos lembremos que como seres racionais, somos sim, capazes de muitas coisas.

Sérgio Silveira, Tatetú N’Inkisi: Odé Mutaloiá.

odemutaloia@hotmail.com