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sábado, dezembro 28, 2013

XANGÔ, ORIXÁ REGENTE DE 2014



Segundo Ifá, o ano de 2014 será regido por Xangô. Não por qualidades, mas pelo Orixá de uma forma geral. E ele nos revela que no próximo ano podemos esperar muitas batalhas, e uma justiça impiedosa na cabeça daqueles que se aproveitam dos outros e fazem o mal sem mais nem por quê. Como Orixá da Justiça de Olorúm, Xangô traz uma influência muito grande em nossas vidas dentro desse caminho, pois não terá piedade de quem anda fora dos ditames da Lei e da Justiça.

Quem no mundo de hoje se julga a quem da justiça, pode esperar, pois em 2014 prestará contas sim de muita coisa. Enxergamos até mesmo para os políticos, um ano complicado, pois a Justiça os interpelará de todas as formas e terão que prestar contas de tudo que veem fazendo contra a população de uma forma geral. Sabemos que a humanidade está carente e ansiosa por ver a justiça ser feita na cabeça daqueles que roubam, mentem e abusam com o poder e o dinheiro público, e terão sim, que prestar contas disso tudo.

Ogum regeu 2013 e junto com ele Obaluayê e Exú. Como Orixá da guerra, Ogum foi o responsável por findar rum ciclo e abrir os caminhos para um novo. E graças à Deus, esse caminho começa com a justiça prevalecendo em todos os sentidos. Uma nova era se inicia e teremos chance de ver mais políticos, que roubam e mentem serem desmascarados e assim pagarem por seus erros. Guerras também podem ser esperadas e em todos os sentidos, pois Xangô foi o terceiro Rei de Oyó e com isso, sabe guerrear e colocar seus inimigos dentro dos ditames da lei e da ordem.

Como governante, Xangô implantou um sistema de justiça em Oyó e dentro deste, não havia lugar para ladrões e mentirosos, e é justamente aí que Xangô vem nos abençoando. Vem nos trazendo caminhos para que possamos seguir em nossa jornada esperando que a justiça será feita sim, e que nos acautelemos pois que, se andarmos o mínimo que seja fora dela, nos cobrará sem piedade, da mesma forma que os demais.
Ifá aconselha a todos os Babalorixás e Yalorixás, que orientem e acalmem seus filhos, pois teremos um ano complicado, como é toda a transição. Pede Ifá, que aconselhemos muito aos que frequentam nossas casas para que não se sintam desamparados, pois que, muita, mas muita coisa mesmo mudará à partir de 1° de Janeiro.

Yemanjá pede clemência no jogo, mas Xangô diz não! Diz que a justiça tem que ser feita e que maus Reis devem perder seus tronos. Maus governantes devem ser afastados para o bem da humanidade em geral. Assim como fez com seu irmão Dadá Ajaká, o qual destronou, ele se mostra tendencioso a destronar a todos que se mantiverem em caminhos que não sejam da retidão e da justiça.

Aqueles que merecem pedra, que não ousem pedir pão em 2014! Mas os que merecerem pão jamais receberão a pedra, pois Xangô está reinando no ano que se aproxima. Oyá aparece com Xangô, mas como esposa apenas, pois onde um está o outro se faz presente. Xangô diz que o ano é seu, e que somente através da justiça imparcial e impiedosa, poderemos ver as modificações que necessitamos para nossa vida e para o mundo.

Dentro das Leis de Olorúm não há lugar para mentiras, abusos e tantas outras barbaridades que se cometem em nome de Deus e de Cristo, e até mesmo pessoas de outra religião, poderão sentir na pele o que é justiça e como essa se aplica a todos sem distinção.

Ifá nos mostra também, que teremos um ano turbulento, um ano onde muitas lágrimas serão derramadas pois que, tudo o que estiver oculto será posto para fora. No primeiro dia de 2014 teremos uma influência muito grande de Obá Kossô, e os que são do Santo, sabem bem o que isso significa, pois este foi o verdadeiro Obá, Rei de Oyó. Durante todo o ano, Xangô estará nos observando e nos mantendo dentro dos caminhos da prosperidade e da justiça. Mas temos que nos lembrar que caminhos de prosperidade, não é ganhar na loteria.

Xangô nos promete caminhos para trabalharmos e cavarmos nosso lugar ao Sol, mas também nos lembra que: o Sol nasceu para todos, mas a sombra somente para os que merecem. Então assim sendo, não esperemos que o Orixá vai nos enriquecer, pois que esta não é sua missão. Mas sim, garantir que tenhamos saúde para trabalharmos e para enfrentarmos os dissabores da vida.

Assim sendo, aguardemos que Deus nos amparará muito nesse ano através de seu Ministro Xangô e este nos promete um ano de guerra, mas contra os que roubam, matam e mentem. Aqueles que caluniam, aguardem pois sofrerão os rigores da justiça. Os que se julgam acima do bem e do mal, se preparem, pois no ano de 2014 prestarão contas de tudo, os muito têm, à custa do sofrimento e da dor alheia, se preparem, pois muito irão perder.

Que tenhamos todos, um excelente ano novo e que a justiça seja feita, para que todos tenhamos chances iguais nessa vida.

segunda-feira, dezembro 16, 2013

NOS ACAUTELEMOS POIS A GUERRA DO BEM CONTRA O MAL CONTINUA



Temos em nossa vida, momentos, sejam eles bons ou ruins. Mas a vida é o que senão momentos somente? Vivemos em um mundo conturbado, onde a maldade reina no coração da grande maioria das pessoas. 

Precisamos aprender que na verdade, existe sim, uma guerra eterna contra as forças do bem, isso, todas as religiões antigas pregam. Dentro do Candomblé não acreditamos no capeta, figura alegórica criada pela Igreja de Roma como forma de manter seu fieis firmes em suas fileiras. Mas, cremos sim, que existe uma força, ou seja: o próprio mal e este dá combate ferrenho a todas as forças do bem, pois deseja de todas as formas que sejamos fieis em suas fileiras e não nas de Olorúm.

Se temos um Santo, temos que nos acautelar com o que dissemos ou pensamos, pois que: as palavras e pensamentos são sim, preces e se essas são para o mal ou o bem, depende somente de nós. Aprendemos dentro das Leis do Santo, que Olorúm criou o mundo, e após criar o mesmo, criou os Orixás, seus Ministros para que governassem este em seu nome. Mas, deveriam esses Orixás, oferecerem a Ele, prestações de contas de tudo que acontecesse nesta Terra e de tudo que nós, seus filhos, fizéssemos, pois que, somente agindo para o bem, poderíamos nos sentir filhos de Deus.

Não temos uma exatidão de como começou essa guerra, sabemos somente que ela existe sim, e devemos nos acautelar com isso.

Somos filhos de um mesmo Pai e não podemos de forma alguma oferecer armas para que esse inimigo nos jogue contra o Criador. Temos que atentar para suas leis, afinal, são elas que nos garantem que no futuro venhamos a fazer parte desse Universo maravilhoso que é o mundo onde vivem nossos Orixás, antepassados que aqui viveram e deram sua cota de dor e sofrimento para que nós, seus descendentes pudéssemos gozar de dia melhores.

Porém, mesmo dando essa cota, eles sabiam que a guerra estava longe de terminar e para isso, deixaram seu legado, ou seja, essa religião que tanto amamos, que infelizmente é tão pouco compreendida por todos. Mesmos pelos que se dizem adeptos, pois que, sua fé depende de terem seus anseios atendidos. Mas, essas pessoas são na verdade, espíritos muito longe de terem a fé verdadeira, pois que, esta não se condiciona com pedidos atendidos.

Quando fazemos uma consulta aos Orixás e damos presentes para termos determinados pedidos atendidos, temos que nos lembrar que não depende somente deles para que as coisas se resolvam, eles também dependem da aprovação de Nosso Pai Eterno.

E nessa labuta toda quem ganha é o mal, que vê nessas pessoas de pouca fé, a fonte verdadeira para dar seguimento em sua luta contra o bem, e assim, segue-se a batalha, alimentada pela falta de fé e de amor que muitos ainda possuem.

Por outro lado, temos pessoas que se dedicam a amar ao próximo incondicionalmente, que amam seu Orixá tão somente pelo fato de amar, pois creem, e de forma correta, que seu Orixá é apenas uma religião e não uma fonte de mágica como as que vemos em filmes ou lemos em livros. Viver para o Santo, é amarmos um ser que já viveu sim, antes de nós aqui no Planeta e que hoje habita as esferas mais próximas de Olorúm, e que, nos aguardam nesse local.

Enquanto não amarmos nosso Orixá incondicionalmente, enquanto não aprendermos que somente através da fé verdadeira teremos paz, essa guerra continuará e a cada dia, mais pessoas terão na fileira das forças inferiores. Se observarmos com atenção, veremos que até mesmo, líderes religiosos, são usados por essa força e se alimentam de sua ira, quando saem atacando a todos sem discriminação, pois somente sentimentos inferiores são capazes de alimentar essa força negativa e inimiga de todos os que realmente temem a cólera de Deus. Nos acusam constantemente de sermos adeptos do capeta, mas, nunca vemos pessoas feitas no Santo e que são realmente tementes aos Orixás agredirem a quem quer que seja. Então, nos resta a pergunta: somos nós filhos do cão ou são eles?

Temos que nos acautelar, amarmos as pessoas, sem distinção de cor credo ou raça, porque somente assim daremos cabo a essa força que nutre-se de sentimentos ruins. Quando somos atacados e perdoamos nosso agressor, simplesmente fazemos com que o mal, saia furioso de nosso caminho e de nossa vida, porque não encontrou ali, a morada que buscava. Quando acendemos uma vela para nosso Orixá ou para nossos Guias e pedimos que ajudem nossos inimigos, estamos dando uma contribuição valorosíssima à Deus e seus Ministros, nossos Orixás, pois que, o inimigo das nações afasta-se de tal forma, que não consegue voltar.

Atentemo-nos pois, o soldado vai pelo toque da corneta e se encontra um toque de ódio, serão os soldados do mal, que entrarão em nossas vidas, mas, por outro lado, se o toque da corneta é de amor, os soldados do exército Divino é que se aproximam de nós e desta forma, as forças inferiores nada podem contra nós.

Presenciei pessoas que ao serem agredidas, não desejaram o mal para seu agressor, apenas pediu a seu Exú, que afastasse aquela pessoa de seu caminho, mas, que não lhe fizesse mal algum, e o resultado veio em poucos dias. Mas, se ao contrário, tivesse essa pessoa pedido o mal, estaria desencadeando uma guerra tão horrenda que temo só em pensar nas suas consequências.  

Isso prova que o amor, constrói e somente ele constrói, pois o ódio desencadeia guerra e mais nada que isso. Quando praticamos o amor, praticamos a vontade de Deus, porque Ele, não colocou ninguém aqui para sofrer miséria ou outro mal, e se assim ocorre, é tão somente pela imensa cadeia de ódio que alimenta as forças negativas desde que o mundo é mundo.

Tenhamos cuidado, oremos aos nossos Orixás para que a guerra se afaste, pois, enquanto ela persistir mais e mais vítimas deixarão esse mundo sedentas de vingança e assim sendo, as forças inferiores mais alimento encontrarão. Roguemos à Olorúm por quem nos quer mal, e assim estaremos dando nossa parte de contribuição para que a paz reine não somente em nosso mundo, mas em todos.

terça-feira, novembro 26, 2013

EKEDI SUSPENSA



Existem inúmeros cargos dentro de uma “roça” de Santo e todos possuem valor e são dignos de respeito. Algumas pessoas insistem em dizer que não batem cabeça para uma determinada EKEDI, pelo fato de ser ela, apenas suspensa e não feita.

Bem, sou de uma nação onde os cargos são respeitados independente de a pessoa ser feita ou não. Ocorre que quando uma pessoa é suspensa como Ekedi, foi porque o Orixá da casa, ou seja, o DONO VERDADEIRO DA CASA, viu que aquela pessoa tem o cargo e deseja que ela faça parte de seu Axé. Muitas vezes porém, a pessoa não tem condições financeira de ser iniciada, ou mesmo não o pode devido a assuntos além de nossa alçada, mas, isso não significa que ela não seja digna de respeito, ao contrário.

Uma mulher não ocupa esse cargo porque deseja apenas. Ela traz consigo desde seu nascimento, e se o traz é porque seu Orixá o traz antes dela, então porque não respeitaremos essa mulher?

Ekedi, é antes de tudo, mãe e como tal deve ser respeitada. Não fazemos as coisas sozinhos dentro de nossa casa, precisamos de pessoas que nos auxiliem e cuidem dos Orixás que estão virados enquanto alimentamos outro, ou mesmo fazemos qualquer outro fundamento dentro do Santo. Um yawô não pode nos auxiliar, por exemplo, em uma feitura, em uma matança ou mesmo dentro dos ritos fúnebres. Quem então, poderá nos ajudar? As Ekedis e os ogãs. Sem eles, quase nada podemos fazer, afinal são eleitos pelos Orixás para nos auxiliarem naqueles momentos mais complicados, quando realmente estamos impossibilitados, afinal, quem consegue assoviar e chupar cana ao mesmo tempo?

Não escolhemos as Ekedis de nossa casa, porque nos encantamos com seus olhos. É nosso Orixá quem escolhe, assim como é ele quem dançará com ela e para ela, então, como não respeitarmos essa pessoa? Pode sim, uma Ekedi nos auxiliar mesmo que não seja ainda confirmada, ou feita. Ekedi é traduzida como: mãe que o Orixá escolheu, isso devido a correspondência desse nome dentro do dialeto ioruba. Então se ela é a mãe que nosso Orixá escolheu, o fato de não a respeitarmos, não seria também o fato de faltarmos o respeito com quem a indicou e/ou escolheu?

Temos que aprender muito com nossos antepassados, que por sua vez, respeitavam os cargos das pessoas dentro do Santo e com isso, valorizavam muito mais os fundamentos e preceitos das “roças” de Santo.

Eles, não tinham muito o conhecimento escrito, era mais oral, e mesmo assim, respeitavam e guardavam os preceitos e as hierarquias do Santo. Oras, se um yawô não respeita uma pessoa que tem um cargo mais elevado que ele, como poderá ser um zelador ou zeladora de Orixá no futuro?

Ao vermos uma Ekedi e ela nos toma a benção, temos a obrigação de trocar de benção com ela, ou seja: a abençoamos, mas também pedimos sua benção, porque se não agirmos assim, estamos dispensado a benção de um Orixá e posso garantir, que essa faz muita falta em nossa vida. Da mesma forma que a benção de nossa mãe carnal nos faz falta, a de um Santo nos faz também, porque quando abençoamos alguém, na verdade, estamos abençoando em nome de nosso Orixá.

Porém, é importante que da mesma forma que nós rodantes, respeitemos uma EKEDI, que ela também nos respeite porque o sentimento recíproco é a verdadeira essência do Candomblé. Não podemos somente respeitar sem sermos respeitados, como não podemos ser respeitados e não respeitarmos. Dentro das funções de um barracão, a Ekedi é de suma importância, afinal, é ela quem nos auxilia, isso pelo fato de precisarmos de uma pessoa que não “rode de Santo” quando em fundamentos.

Existem no entanto, alguns ritos que não pertencem às Ekedis, e esses são: jogar búzios, borizar e/ou raspar uma pessoa, dar ebós entre outros. Alguns desses atos no entanto, são liberados para que elas realizem, mas, somente o zelador que as iniciou poderá dar-lhe esse direito.

Não cabe a uma Ekedi jogar búzios para clientes. Isso pertence aos sacerdotes e sacerdotisas de Orixá, porque, da mesma forma que a Ekedi é preparada para nos auxiliar em todos os rituais, somos preparados para essa função e cabe somente aos rodantes, com obrigação em dia, jogar búzios, dar de comer a Orixás entre outros. Temos sim, que saber o que nos cabe dentro de uma casa de Santo e agir com sensatez, respeitando os limites que cada um tem.

Mas afirmo que: uma Ekedi, tem sim, que ser respeitada, pois que, mesmo sendo suspensa, mas o foi por um Orixá e a eles devemos carinho, amor, respeito e submissão às suas leis, que são na verdade as Leis de Olorúm.

Portanto, se tem uma ou várias Ekedis em sua casa, mesmo que seja apenas suspensa, respeite-a, pois elas são as mães que nossos Orixás escolheram para zelar deles e de nós. Ame sua mãe Ekedi da mesma forma que ama seu zelador, porque ela com certeza, representa a mão que o iniciou.

Sua benção minhas mães Ekedis.