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segunda-feira, abril 08, 2013

ODÚS, OS CAMINHOS QUE TODOS TEMOS QUE SEGUIR.



Quando Olorúm, Deus, criou o homem, Ele em sua Sabedoria viu que o mesmo precisava se elevar se quisesse alcançar os degraus que Ele, o Criador, havia construído para que suas criações pudessem se chegar até sua morada. Mas, notou que dificilmente isso aconteceria, dado que por mais que os tivesse feito à sua imagem e semelhança, sua mais amada criação, não se esmerava em crescer até que merecesse atingir o ápice de seu mérito.

Então, Olorúm determinou que surgissem os Odús, que seriam o destino, os caminhos de cada um nesta Terra. Com os elementos que Ele mesmo havia criado: a água, o fogo, o ar e a terra, foram criando os Odús e dando a eles poder de guiarem os homens, orientando para que, não se desviassem de seu propósito maior: atingir a perfeição necessária para que pudesse ir para junto do Pai.

Os primeiros homens a serem guiados pelos Odús, mesmo vivendo em épocas onde a guerra, a selvageria imperavam, conseguiram alcançar ao menos parte de sua elevação, pois que, não matavam aquilo que não comiam, ou se não fosse para defender o que lhes pertencia. Não cobiçavam o que jamais poderiam ter, como, por exemplo, a sabedoria excessiva que somente serve para corromper os corações dos homens.

Entregavam-se, mas por amor. Nem mesmo comiam por ânsia, pois sabiam que o alimento não seria farto para sempre, e assim sendo, evitavam o desperdício, porque temiam não ter o que comer no amanhã.

Ao plantarem suas sementes na terra, oravam aos deuses, pedindo para que intercedessem ao Pai Maior, para que sua semeadura desse fruto. Antes de colherem ofertavam uma parte a terra e à natureza como forma de agradecer aos deuses, ao Pai Supremo e a toda a natureza pela fartura em sua colheita. Quando matavam um animal, fosse em rituais religiosos ou mesmo para alimentar suas tribos, agradeciam aos deuses e até mesmo àquele animal sacrificado, pois que, sua carne alimentaria a todos e sua pele serviria de roupa para aquecer ao frio.

E assim viviam, e simplesmente viviam, e hoje, segundo aos mais antigos na religião, são nossos Orixás. Vêm de volta a esse Planeta tão somente como agradecimento a Deus, e a melhor forma que encontram de agradecer, é nos guiando em bons caminhos, nos mostrando que vale sim, à pena seguirmos os princípios aqui deixados por Zambi.

Temos que seguir nosso rumo e nosso destino. Por mais que possa nos parecer pesado o fardo, jamais Deus nos daria algo para o qual não teríamos forças para suportar. Isso nos deixa claro os Mandamentos deixados por Iká. Precisamos apenas nos conformar com o que não podemos mudar, e lutar muito para nosso aperfeiçoamento.

Quantos de nós, não reclamou, já da luta diária? Quantas e quantas vezes já não nos achamos esquecidos por Deus e pela espiritualidade? Mas, ocorre que, são justamente nesses momentos que eles mais estão ao nosso lado, e muitas das vezes nos carregam no colo, só que, ao contrário de nós, não proclamam aos quatro ventos o que fazem. Preferem sim, agir no calado, sem que a própria pessoa saiba, pois a Sabedoria Suprema de Deus assim solicita.

Não podemos pedir que outros passem por nós o que nos está reservado, pois, estaríamos lutando e pedindo em vão. Nossos Odús são nossos caminhos e tudo o que temos nessa vida, é resultado do que fomos em vidas passadas. Nada, mas nada mesmo, passa sem que os Olhos de Olorúm, estejam observando.

Cada passo, cada gesto que fazemos, está sendo analisado pelas correntes espirituais, e essas, os levam para outras esferas que as levam para outras, até que sejam anotadas no Livro Sagrado. Iká, quando nos deixou os Mandamentos de Olorúm, deixou bem claro que somente através da resignação e do fazer o bem, poderemos alcançar a perfeição que buscamos desde nossa criação.

Seguir em frente com sabedoria, determinação, fé e resignação, é antes de tudo certeza de que Deus em sua soberania e supremacia nos observa e nos providenciará colheita farta mediante nossa semeadura.

Não nos compete, pois, julgar a quem quer que seja, dado que seremos julgados da mesma forma por Zambi e por seus Ministros, nossos Orixás. Temos ao contrário, que nos ater as coisas do bem e do amor, esperando que um dia receberemos o soldo de acordo com nosso trabalho.

Como Pai, jamais Deus daria a um de seus filhos, pedra no lugar de pão. Porém, deixou bem claro, que sem fazer por merecer, nada teremos nesse mundo ou no outro. E para que pudéssemos ser merecedores de todas as maravilhas que criou para nós, deixou no outro mundo, os Odús, que influenciam diretamente nossos passos aqui na Terra de forma que nos orientando, garantem que possamos nos adequar às necessidades do espírito e às exigências das Leis Divinas, a fim de sermos mais que filhos, mas presentes na perante o Pai.

Sigamos, pois, o que nos orientam os Odús através do oráculo sagrado de Ifá, pois eles são os porta vozes de Olorúm para os homens. Mantenhamo-nos firmes no propósito de fazer o bem sem olhar a quem, pratiquemos a caridade e o amor, pois que, Iká assim nos aconselha, e veremos a colheita de nossas vidas, ser farta.

Agindo em conformidade com as Leis Divinas, dificilmente seremos dominados pelas esferas mais inferiores que tentam de todas as formas nos denegrirem perante nosso Pai. Odús são os Mensageiros de Deus, os antepassados de nossos Orixás, o que de mais sagrado podemos invocar, respeitemos, pois,  suas orientações e decisões e assim, com certeza, viveremos mais e melhor. 

Tatetú N'Inkisi Odé Mutaloiá.